Christiane Torloni concede entrevista coletiva no FICA 2014
junho 01, 2014"Amazônia - da cidadania à florestania: um despertar". Nesse sábado, Christiane concedeu uma entrevista coletiva à imprensa que cobre o festival. “O filme é um documentário em longa-metragem. Ele conta a história de uma rede de personagens, basicamente a partir de (Cândido) Rondon, até o século XXI. São personagens que, através da sua trajetória, construíram uma malha de sustentabilidade. Então, temos o Darcy (Ribeiro), os irmãos Villas-Bôas, o (poeta) Thiago de Mello, Tom Jobim, Miriam Leitão, o Milton Nascimento, muitos outros”, ela explica.
E vai além: “quando eu fui gravar (a minissérie) Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, tive a oportunidade de conhecer o escritor chamado Antônio Alves, que é um dos pensadores desse conceito florestania”. O termo foi criado pelo acreano nos anos 1980. Se por cidadania se entende o sujeito que habita as cidades, florestania seria, por tabela, o conjunto de relações e direitos do habitante com a Floresta Amazônica.
O projeto Amazônia Para Sempre, aliás, teve início na época das filmagens da produção da TV Globo, em 2007, quando Christiane Torloni teve contato com a realidade da floresta de maneira mais intensa. E, ao lado do ator Victor Fasano, resolveu criar o manifesto, com o objetivo de sensibilizar a população brasileira sobre a situação alarmante da floresta. Foi criado, então, um abaixo-assinado, ao qual aderiram artistas como Gisele Bündchen, Malu Mader e Fábio Assunção, entre mais de um milhão de pessoas.
“Nunca a bancada ruralista se expôs de maneira tão clara como no ano passado, com a discussão da mudança do Código Florestal, o que é inconstitucional, atuando sobre uma brecha”, ela se revoltou. “Por que que a gente vota nesse lixo político? Eu não me casaria com nenhuma dessas pessoas, eu não convidaria elas para jantar na minha casa, eu não teria filhos com elas, então, porque eu vou votar nelas?”, disparou.
Fonte: FICA 2014, AdoroCinema, Revista Zelo e Equipe Marconi
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