'A Loba de Ray-Ban', com Christiane Torloni, é atração em Ribeirão Preto
maio 07, 2010Aos 53 anos, Christiane Torloni é uma das atrizes de maior sucesso na TV brasileira. Começou ainda adolescente na extinta TV Tupi e há 35 anos marca presença nas novelas da Rede Globo. Politizada e atenta ao problemas ambientais do país, seu projeto "Amazônia Para Sempre" foi premiado no ano passado.
Produtora artística e crítica das mudanças da Lei Rouanet defendidas pelo governo federal, Christiane ressalta que, apesar das dificuldades, ainda vale a pena investir em teatro "porque a cultura é o retrato de um povo".
A atriz se apresenta, nesta sexta-feira (7) e sábado (8), no Theatro Pedro II, como a personagem principal do espetáculo "A Loba de Ray Ban", escrito há 23 anos e que ganhou um versão masculina famosa com Raul Cortez. Na época, Christiane fazia o papel de esposa do "lobo". Na entrevista a seguir, a artista fala sobre teatro, ecologia e política cultural. Confira.
A Cidade - É verdade que seu papel em ‘Loba de Ray Ban’ foi originalmente escrito para a Dina Sfat em 1987?
Christiane Torloni - Quando o Renato Borghi mostrou o texto para a Dina, ela pediu para direcioná-lo para o gênero feminino, porque ela queria fazer. O Borghi levou oito meses para esta nova versão, e quando ficou pronta, a Dina já estava muito doente [a atriz morreu de câncer em 1989], então ele entregou para o Raul Cortez. Foi quando nós fizemos em 1987. Eu fazia o papel que hoje é o do Leonardo [Franco]. Ou seja, eu era a esposa e o Leonardo agora é o marido.
A Cidade - Por que retomar este espetáculo 23 anos depois?
Christiane - Porque é um prêmio pra mim. Mas não é uma remontagem, porque no momento em que o personagem principal é uma mulher, tudo muda. Tem outro tipo de contundência. Para uma atriz que fez este espetáculo há 23 anos e poder retomá-lo, realmente é um prêmio. Inclusive porque percebe-se um amadurecimento do próprio personagem que eu fiz naquela época. É a Júlia 23 anos depois.
A Cidade - Depois da temporada em São Paulo, Ribeirão Preto é a primeira cidade a receber a peça fora da capital?
Christiane - Sim. Ribeirão Preto é uma referência de público e de teatro. Aliás, nós fomos para Ribeirão com ‘Lobo de Ray Ban’ anos atrás, num outro teatro [Teatro Municipal]. É muito interessante, porque muitas pessoas que viram o Lobo antes podem fazer essa observação entre os dois espetáculos.
A Cidade - E a Christiane mudou muito nessas duas décadas?
Christiane - (risos) Muito, agora virei loba, né (risos).
Leia a entrevista completa no Jornal A Cidade desta sexta-feira (7).
A Loba de Ray Ban
Sexta (7) e sábado (8), às 21h, no Theatro Pedro IIRua Álvares Cabral, 370
Ingressos a R$ 60 (platéia, frisa e balcão nobre), R$ 50 (balcão simples) e R$ 40 (galerias).Inf.: (16) 3977-8111.
Fonte : Jornal A Cidade
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