Entrevista com Christiane Torloni : " Uma mulher elegante "
julho 26, 2010Em Ti-ti-ti, Christiane Torloni volta às novelas para encarar mais uma perua. Na pele de Rebeca, ela descarta semelhanças com a sua última personagem Melissa, de Caminho das Índias, e fala como se preparou para o papel
Alguém lembra de Christiane Torloni mal vestida ou pelo menos com roupas mais simples na televisão? A postura elegante da atriz fez com que Christiane quase sempre fosse vista na pele de personagens de muita classe. Em Ti-ti-ti, não foi diferente. No ar como a viúva rica Rebeca, A atriz acumula mais uma perua no currículo. Na trama escrita por Maria Adelaide Amaral, Christiane interpreta uma mulher que abriu mão de suas atividades para se dedicar à família. Após a morte do marido, interpretado por Paulo Goulart, ela tem de assumir os negócios.
“É difícil fazer uma personagem classificada como perua. As pessoas já montam uma Melissa. A Rebeca é diferente. É uma criatura que resolveu botar a vida para frente”, explica, referindo-se à personagem anterior, na novela Caminho das Índias. A atual personagem saiu da trama de Plumas e Paetês, de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1985. “As personagens do Cassiano são mulheres muito interessantes. Acredito que muitas pessoas vão se identificar com ela”, torce (do PopTevê).
Pergunta – Em Caminho das Índias, você também interpretou uma perua rica como a Rebeca de Ti-Ti-Ti. O que a nova personagem tem de diferente?
Christiane Torloni – A Rebeca não tem o espírito da Melissa. Ela é mais centrada e discreta, chega a ser impossível levar algo da Melissa para ela. Costumo dizer que são que poderiam até ser amigas, mas uma não usa o mesmo estilista da outra. A Rebeca é menos colorida.
Pergunta – Há muitos anos você dá vida a mulheres ricas e sofisticadas. Você sente falta de interpretar tipos diferentes? Christiane – Eu percebo que, ultimamente, minhas personagens têm tido essa característica, mas isso não me incomoda. Me sinto feliz com isso. A vida de ator é de fases. A da mocinha que chora já passou na minha carreira. É aí que essa profissão é muito generosa, se você tiver disciplina e perseverança.
Pergunta – A Rebeca é uma personagem de Plumas e Paetês. Você chegou a assistir à primeira versão para compor o papel?
Christiane – Não. A televisão não pode ficar na saudade. Saudade é Vale a Pena Ver de Novo, o grande barato é a passagem de bastão. A Maria Adelaide está escrevendo uma mistura de tramas do Cassiano Gabus Mendes que tem tudo a ver e, ao mesmo tempo, nada a ver. Estamos fazendo uma novela dos anos 80 atualizada para o nosso tempo.
Pergunta – Ti-ti-ti fala sobre a indústria da moda. Como você lida com esse universo?
Christiane – Não sou uma “fashionista”. Faço a minha moda, sou vintage. Nem todo mundo quer ser elegante, mas sou neta de uma senhora que não podia sair de casa com uma bolsa que não combinava com o sapato. Isso é um problema para mim, mas não posso ser “fashion victim”.
Para dar vida a Rebeca, papel que já foi de Eva Wilma, Christiane não procurou assistir às cenas da primeira versão da novela. O fato de já ter trabalhado em um folhetim do mesmo autor – Elas por Elas, em 1982 –, também ajudou para se sentir mais à vontade com o papel.
Esta é a terceira vez que Torloni interpreta um papel que já foi de Eva Wilma: o primeiro foi Jô Penteado, da novela A Gata Comeu (TV Tupi); o segundo foi Diná, de A Viagem e agora a Rebeca.
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Christiane Torloni encara mais uma perua com a Rebeca de "Ti-Ti-Ti"
Com uma postura elegante e um jeito sofisticado, Christiane Torloni quase sempre é vista na pele de personagens de muita classe. No ar como a viúva rica Rebeca, de "Ti-Ti-Ti", a atriz acumula mais uma perua no currículo. "É difícil fazer uma personagem classificada como perua. As pessoas já montam uma Melissa. A Rebeca é diferente. É uma criatura que resolveu botar a vida para frente", explica, referindo-se à sua personagem anterior, da novela "Caminho das Índias". Na trama escrita por Maria Adelaide Amaral, Christiane interpreta uma mulher que abriu mão de suas atividades para se dedicar à família. Após a morte do marido, interpretado por Paulo Goulart, ela tem de assumir os negócios. "A Rebeca mostra que não precisa ter medo de entrar para o mercado de trabalho. Que é melhor trabalhar do que ficar em casa tomando toneladas de antidepressivos", analisa.
A atual personagem saiu da trama "Plumas e Paetês", de Cassiano Gabus Mendes, exibida entre 1980 e 1981. Para dar vida ao papel que já foi de Eva Wilma, Christiane não procurou assistir às cenas da primeira versão da novela. Isso porque, para a atriz, Rebeca é um tipo de mulher que não é preciso procurar muito para se achar no dia a dia. "Ela existe, mas talvez não chame tanto a atenção pela maneira como se apresenta perante a sociedade. Mas nem por isso é menos luminosa", destaca. O fato de já ter trabalhado em um folhetim do mesmo autor --em 1982 ela deu vida à espevitada Cláudia de "Elas por Elas"--, também foi de uma ajuda para se sentir mais à vontade com o papel. "As personagens do Cassiano são mulheres muito interessantes. Acredito que muitas pessoas vão se identificar com ela", torce.
Fonte : UOL
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