Christiane Torloni na peça "As Preciosas Ridículas", de Molière - 1979
agosto 23, 2010A primeira experiência teatral de Christiane Torloni foi em 1979, na peça As preciosas Ridículas, de Molière, dirigida por Marília Pera . “ Antes eu só tinha feito uma coisa tão amadorística que , se eu disser que era teatro amador, estarei ofendendo o teatro amador”, declarou a atriz em entrevista para a Revista Status Plus , em 1981.
No espetáculo, a personagem de Christiane Torloni, recebeu o nome de Christonia, uma homenagem a ela e a Tonia Carrero.
A comédia foi estrelada na galeria Alaska, no Rio de Janeiro e , além de Christiane Torloni, faziam parte do elenco : Dirce Migliaccio , André Valli , Dinorah Marzullo , Chico Ozanan, Luiz Carlos Buruca, Cláudio Gaya, Toninho Lopes, Jorge Alberto, João Paulo e Ivan Alves .
Segundo Christiane, seu começo foi abençoado, pois as grandes pessoas de teatro estavam perto dela. Numa entrevista para o crítico teatral, Sábato Magaldi, em 1997, Christiane lembra um fato engraçado do dia da sua estreia . Ela lembra de Marília Pera ter sussurrado algumas palavras ao seu ouvido : “ ...Tudo pronto para abrir a cortina, pensei que ela ia me dizer alguma coisa .. assim : 'Coragem!', e então ela diz : 'Agora não tem mais volta'. E nunca mais teve !”
==> Assista duas entrevistas em que a atriz Christiane Torloni fala sobre a peça.
Sobre o texto
Uma das obras-primas do célebre dramaturgo francês, este texto clássico do século 17 foi inicialmente proibido, mas depois recebeu autorização para ser montado. Aborda um tema bastante atual, a busca pela celebridade instantânea e é considerado pela crítica como o momento em que Molière deixou a farsa pela comédia.
Ridicularizando as “précieuses” (o termo preciosas caracteriza, segundo Molière, mulheres preocupadas excessivamente com a aparência e com o vocabulário fino dos salões sofisticados), Molière inventou a história de duas moças burguesas, que vivem imitando as frequentadoras dos salões da capital francesa, mulheres socialmente superiores a elas.
Para fingir serem parte da elite, as duas chamam a si mesmas de Polixene e Aminte e intitulam seu criado de Almanzor. Por isso seus namorados decidem aplicar-lhes uma vigorosa lição, vestindo seus criados como nobres e mandando-os cortejar as afetadas senhoritas. No final, a farsa é revelada e as donzelas recebem uma lição dos pretendentes originais
Molière
Tradução:
João Bethencourt
Direção:
Marília Pêra
Cenários e Figurinos:
Chico Ozanan
Coreografia:
Cláudio Gaya
Iluminação:
Aurelio de Simoni
Direção Musical:
Nelson Motta
* O Programa da peça - enviado por Adeildo
* Site Programa da peça : Foto de Christiane Torloni e o elenco
* Sobre o texto - Arte Plural Web
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