Lançamento do livro "Do Lobo à Loba" - história dos personagens vividos por Raul Cortez e Christiane Torloni

novembro 02, 2011

DO LOBO À LOBA
 UMA HOMENAGEM AO TEATRO

  
Será lançado no dia 7 de Novembro, às 19h na Livraria Cultura da Av. Paulista, o livro Do Lobo à Loba, que conta a história dos espetáculos Lobo de Ray-ban e Loba de Ray-ban, vividos, respectivamente, por Raul Cortez em 1988, e Christiane Torloni em 2010.

O livro tem organização e textos da curadora Denise Mattar, design gráfico de Ana Lucas, e foi produzido numa parceria da Christal Produções Artísticas (Christiane Torloni), do Centro Cultural Solar de Botafogo (Leonardo Franco) e do restaurante Paris 6 (Isaac Azar). 

No dia 16 de Novembro o livro será lançado no Centro Cultural Solar de Botafogo no Rio de Janeiro.

Lobo de Ray-Ban, de Renato Borghi, é a história de um triângulo amoroso, no qual existe um quarto elemento - o Teatro. O espetáculo foi encenado em 1988, com direção de José Possi Neto, tendo Raul Cortez no papel-título, e a atriz Christiane Torloni, interpretando sua esposa. O espetáculo recebeu os Prêmios Molière, Mambembe, APCA e Apetesp de melhor autor, e ator daquele ano.
Nas viagens da peça pelo Brasil, entre 1989/1990, Leonardo Franco atuou como o jovem amante de Raul e, após o encerramento da temporada descobriu que Borghi havia escrito uma versão feminina da peça para ser interpretada por Dina Sfat, e que esse texto havia se perdido. O ator localizou o texto e o guardou, decidido a encená-lo para fazer o segundo papel do espetáculo. Seu sonho só se realizou dezoito anos depois, quando convidou Christiane Torloni para ser a Loba. 
 
A atriz aceitou imediatamente o desafio tornando-se a protagonista e também a co-produtora de Loba de Ray-Ban, encenada em 2010, com direção de José Possi Neto, cenário de Jean-Pierre Tortil, e a participação de Maria Maya, como a jovem amante. Pelo espetáculo, Christiane Torloni recebeu o prêmio Contigo de melhor atriz, pelo júri popular. Loba de Ray-ban ficou um ano em cartaz, viajou por todo o Brasil e foi assistida por mais de 60 mil pessoas.

O livro reúne biografias do autor, diretor e atores, e mais de 100 belíssimas imagens de alguns dos mais importantes fotógrafos brasileiros como: Luís Tripolli, Vania Toledo, Lenise Pinheiro, Dimas Schittini, Fabiano Accorsi, Freddy Kleeman, Valdir Silva, Alice Bravo, Rubens Cerqueira, entre outros.

Pelas páginas do livro se mesclam atores como Fernanda Montenegro, Patricia Pilar, Tônia Carrero, Dina Sfat, Fabio Sabag, Gianfrancesco Guarnieri e Raul Cortez; autores como Gorki, Genet, Albee, Molière, Fassbinder, Tchecov, Lorca, Shakespeare, Harold Pinter, Oscar Wilde, David Hare, Jean Cocteau; e espetáculos emblemáticos como: Pequenos Burgueses, O Balcão, Cemitério de Automóveis, Quem tem Medo de Virgínia Woolf?, Amadeus, As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, Tio Vânia, M. Butterfly, Rei Lear, entre outros.

A abordagem adotada por Denise Mattar privilegiou o aspecto mágico do teatro, a cumplicidade, a garra, a entrega, e o ritual de encontro entre os atores:  “Esses seres, cuja matéria de trabalho é a emoção, entes sensíveis que mergulham nas águas dos sentimentos de outros, e que voltam encharcados de dor e amor para suas próprias vidas, às vezes como feras - perigosas, nervosas, poderosas. Como lobos.”

Do Lobo à Loba fala sobre Teatro, mas, seu olhar é especialmente dedicado ao grupo que se formou a partir de Lobo de Ray–ban. Uma grande alcatéia chefiada, não por acaso, pelo Lobo Mor - o inesquecível Raul Cortez.

Extratos de Críticas: Loba de Ray-Ban
Impossível não experimentar uma sensação de fascínio diante da bela cenografia (Jean Pierre Tortil) que se avista na penumbra da imensa boca de cena do grande palco do Teatro Frei Caneca. Possi é um esteta do palco. Mas o público pode esperar bem mais do que beleza visual nesse espetáculo (...) Sentimentos como paixão e rejeição, quando atingem extremos, não são nada fáceis de serem interpretados. Uma cena, como há nessa peça, em que uma mulher se lança literalmente aos pés de outra pessoa e implora para não ser abandonada, pede uma qualidade de interpretação muito especial. Se a atriz não se lança plena, se fica a meio do caminho, nada acontece. Se decide "exibir" a dor, cai no ridículo, que se separa do patético, no sentido do "pathos" dramático, por uma linha tênue. É cena que pede despudor e senso de medida, visceralidade e domínio técnico, tudo ao mesmo tempo. E, pelo que se viu no ensaio, Christiane vive um momento de atriz capaz de alcançar tal diapasão. E tem nos atores Leonardo Franco e Maria Maya parceiros de cena à altura do protagonismo que a peça exige dela.
Beth Néspoli - O Estado de S.Paulo -05 de novembro de 2009

O acerto começa com a cenografia de Jean-Pierre Tortil. A cena de um palco nu já seria suficiente.  Mas ali estão: uma teia de cordas, onde será realizada a impactante cena de um estupro, uma cortina vermelha, que em certo momento servirá como figurino, um camarim, onde, delicadamente, Christiane Torloni deixou uma foto de Raul Cortez; uma ponte suspensa onde é encenado um trecho de Esperando Godot, e muitas outras surpresas.(...). O elenco é irrepreensível ao responder com brilho às intenções de autor e diretor. Maria Maya, a mais jovem da trupe, contracena de igual para igual com os colegas mais experientes.  Leonardo Franco encara um personagem difícil com a segurança de quem acabou de sair de um trabalho ( Traição) que lhe deu uma indicação ao prêmio Shell. Mas a noite é de Christiane Torloni. Engraçada, irônica, trágica, delicada, sensível, ela não sai de cena durante todo o espetáculo.  Madura, com um trabalho de expressão corporal de arrepiar e linda, Christiane Torloni, sozinha, já é um agradável “susto estético”.
Artur Xexéo - O Globo  - 20 de Julho de 2010.

Trata-se de teatro maior para quem gosta, conhece ou já sentiu na pele a crueza dos que fazem do palco a vida. A parceria do autor com o diretor José Possi
Neto, ainda melhor madura, fez com que o essencial da trama de 1987 permanecesse. Mérito acrescido, naturalmente, à presença de Christiane Torloni e Leonardo Franco no elenco das duas versões. O quarteto refaz encontro que não se repete. (...) A loba de ray-ban é grandioso pelo conjunto. A surpresa é Maria Maya.(...) Intensa, de presença vertical a moça se agiganta ao lado de Torloni e assegura paixão e embate. Eleva a verdade construída ao nível de poder e fogo da protagonista.
Jefferson da Fonseca Coutinho - Estado de Minas - 6 de dezembro de 2010


Lançamento do Livro
Do Lobo à Loba

Livraria Cultura
Avenida Paulista, 2.073 / Conjunto Nacional


Dia 7 de Novembro, segunda-feira, às 19h

Noite de autógrafos com:
 Christiane Torloni, Leonardo Franco,
José Possi Neto e Denise Mattar

Valor do livro: R$ 80

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