Revista Caras - Christiane Torloni festeja seu espetáculo na Europa e conta como mantém a boa forma

janeiro 05, 2014



Em temporada em Lisboa, no mês de julho de 2013, onde se apresentou como atriz convidada do espetáculo de dança Teu Corpo É Meu Texto, Christiane Torloni (56) reviveu com alegria velhas recordações. “Quando viajamos para algum ponto turístico, ficamos com um fogo para ver tudo. Aqui, não tenho essa angústia, passeio sem pressa, mato a saudade dos lugares, porque é como se fosse a minha segunda casa. O povo é muito amoroso”, explica a estrela, que viveu em Portugal na década de 1990 por cerca de três anos. E a recíproca parece ser verdadeira, já que ela desfruta grande carinho no país, onde diversos trabalhos seus como as novelas Caminho das Índias, Kananga do Japão e Fina Estampa são sucesso.
Hospedada no Hotel Vila Galé Palácio dos Arcos, Christiane não escondia o orgulho diante da carinhosa receptividade e do sucesso que vem fazendo em palco europeu. “Isso me motiva. Estou feliz pela carreira internacional desse espetáculo. Meus pais e meu filho estão contentes. Isso gera orgulho para o Brasil também. Cada vez que um brasileiro faz sucesso fora, é a nossa arte que está sendo ovacionada”, aponta. Antes de se apresentar nas cidades de Lisboa e do Porto, Christiane encenou em Paris, também ao lado da bailarina Vera Lafer e da Studio3 Cia. de Dança, a montagem com a qual celebra 25 anos de parceria com o diretor José Possi Neto (66). “A dança é uma linguagem universal. O espetáculo é um sucesso  retumbante. E foi Possi quem me juntou a esse pessoal. Digo que ele é o meu marido artístico e ele diz que sou a atriz que mais traduziu sua arte em cena”, vibra ela, sobre o nono trabalho de ambos juntos. “Interpreto a deusa da dança, da sabedoria, da escrita e das artes. Ela procura despertar o ser humano que ainda está em estado rastejante, tentando inspirá-lo a sair do chão”, destaca a única atriz em cena entre 22 bailarinos.

– Você mantém o mesmo corpo há anos. A dança é a responsável por sua boa forma?
– A dança e a mente ajudam o corpo a ficar no lugar e o espírito, em paz. Além do balé clássico, pratico yoga, ando de bicicleta. Para mim, a atividade física tem um lado lúdico, me divirto fazendo e meu corpo agradece. Quando você fica ganhando e perdendo dez quilos, é um horror, não tem estrutura que aguente. Costumo variar um quilo ou dois. Tenho 1,70m e estou com 57, 58kg, o meu ideal.

 
– Então, nem precisa fazer algo específico para o carnaval, quando desfilará pela Grande Rio ocupando pela primeira vez o posto de rainha de bateria?
– Estou tendo aulas de samba com Carlinhos de Jesus. Não sou, como se diz por aí, uma cabrocha, realmente não tenho esse physique du rôle. É importante dançar e farei o meu melhor na avenida. Mas não esperem coisas mirabolantes.

– No carnaval, seu filho, Leonardo Carvalho, disse que o grande projeto para 2013 era ser pai.  Você já vai ser avó?
– Quando acontecer, vão saber. Acho tão bonito casais chegarem no momento em que desejam filhos. Vou adorar ensinar os netos a andar de bicicleta, nadar, fazer windsurfe. Serei uma avó esportiva.

– E você continua solteira?
– Sou solteira, já estive casada. (risos) O fato de estar solteira não significa que eu esteja sozinha. Estou muito bem, em uma fase gostosa e confortável da vida.


– Atualmente, você encara o amor de forma diferente, com mais serenidade?
– O que existe é: sempre fui muito livre e independente. Você não precisa estar com aliança na mão para compartilhar com alguém. No meu último casamento, com o Ignácio Coqueiro, cada um tinha sua casa e nem por isso deixou de ser um casamento (foram quatro, com os diretores Ignácio e Dennis Carvalho, o psicanalista Eduardo Mascarenhas e o pintor Luiz Pizarro). Tive encontros magníficos com pessoas interessantes, porque exerço a liberdade. Nessa fase dos 50, ficamos mais exigentes. Afinal, nosso  patrimônio emocional, cultural e artístico é maior. Para compartilhar isso, é necessário que o outro esteja à altura do que tem a oferecer.

– Não deseja mais uma união tradicional com os dois morando na mesma casa, por exemplo?
– Não tenho a menor vontade agora de estar casada. Mas isso não significa que esteja sozinha. Você falou do Leonardo. A construção do ninho tem a ver com filhos, são fases da vida e essa para mim já passou. Minha casa é um ninho que receberá os netos, mas, com certeza, não outro marido. Gosto da maneira como vivo agora, mais livre mas, nem por isso menos feliz. Muito pelo contrário!

 
– Você volta às novelas logo?
– Fiz quatro novelas, uma minissérie e a Dança dos Famosos, tudo em seguida. Agora, preciso respirar. O público me cobra, mas, após Fina Estampa, recusei dois trabalhos. Já mostrei que sei interpretar uma perua. Desejo que meu próximo papel seja baseado na humanidade, sem tantos adereços. E meus últimos personagens foram tão bons, que o próximo deve ser assim ou melhor. Senão, fica aquela coisa de um ator de um personagem só.

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