Há 20 anos, 'Araponga' estreava na Globo , com Christiane Torloni e Tarcísio Meira encabeçando o elenco
outubro 09, 2010Com autoria de Dias Gomes, Lauro César Muniz e Ferreira Gullar, o folhetim contava com um elenco "peso-pesado" encabeçado por Tarcísio Meira e Christiane Torloni, intérpretes do detetive Aristênio Catanduva - o Araponga - e da jornalista Magali Santanna, protagonistas da história que misturava espionagem política com uma boa dose de humor.
A trama se desenrolava a partir da morte do senador Petrônio Paranhos, interpretado por Paulo Gracindo. O político morre ao conceder uma entrevista exclusiva à jornalista Magali Santanna, de Christiane Torloni, que buscava informações sobre o romance dele com a jovem Arlete, de Carla Marins, com quem teria um filho por meio de inseminação artificial. As circunstâncias da morte são inusitadas, já que o senador exigiu que a entrevista fosse realizada em um quarto de motel. O responsável pelas investigações do caso é o atrapalhado detetive Aristênio Catanduva, vivido por Tarcísio Meira, que mais tarde se envolve com a jornalista. O personagem, um anti-herói, usava o codinome Araponga, uma ave barulhenta que emite um canto forte. Ou seja, o contrário do que se espera de um reservado agente secreto.
Ao tentar desvendar as causas da morte do político, Araponga passa a criar ligações imaginárias entre situações e possíveis envolvidos. Os delírios do detetive são reforçados pelo informante Tuca Maia, interpretado por Taumaturgo Ferreira, um malandro que vai trabalhar no mesmo jornal de Magali e inventa mentiras sobre os acontecimentos.
Na época , Christiane Torloni concedeu entrevistas para o jornal Globo e o jornal Dia, onde falou sobre sua personagem e seu sentimento por estar contracenando com o ator Tarcísio Meira :
“Ela é uma menina rica, filha de um general. O problema é que só se mete em fria. Estou compondo a personagem no tapa, por causa da falta de tempo. Infelizmente a gente vai descobrindo o papel à medida que vai fazendo. Eu estou me preocupando em não marcá-lo com alguma linha de interpretação já definida anteriormente”. A correria nas gravações, porém, é compensada pelo ambiente "familiar". "Nós todos nos conhecemos muito bem. A Lúcia Veríssimo é madrinha dos meus filhos. O Cecil Thiré (o Diretor) me viu nascer e já é a terceira vez que trabalho com o Tarcísio". (O Globo, 1990)
Segundo Christiane, contracenar em Araponga com um galã cujo prestígio se confunde com a própria história da televisão não causaria qualquer constrangimento. “Fui criada entre pessoas do teatro e conheço todos os seus sacrifícios. Desde cedo aprendi a desmistificar astros e o próprio sucesso. Aliás, isto é fundamental para um bom trabalho. Admiração é cabível, mas em cena é impossível pensar em mitos. Não há como confundir o respeito por um grande ator, como eu tinha pelo Paulo José antes desta oportunidade de trabalhar com ele, com a neurose dos ídolos. Inclusive, já havia contracenado antes com Tarcísio em dois filmes, Beijo no Asfalto e Eu.” ( O Dia, 1991)
Leia algumas matérias sobre a novela :
* Revista Amiga - " Araponga descobre que chefe o traiu" 1990
* Revista Contigo - Um massacre muito louco - 21/03/1991
* Revista Amiga - "São esses os finais de Araponga" - 12/04/1991
* Matérias enviadas por Adeildo
*Relembre cenas de Christiane Torloni na novela *
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