Histórias da infância de Christiane Torloni ...

outubro 12, 2010

Aproveitando o dia das crianças , resolvemos relembrar um pouco das histórias de infância da atriz . Já postamos esta matéria aqui no blog , mas vale a pena relembrar.


Christiane Torloni nasceu em São Paulo, mas ainda pequenina , seus pais se mudaram para o Rio de Janeiro, onde ela foi criada. 

Sua mãe, Monah Delacy, trabalhou grávida até os sete, oito meses. Christiane nunca engatinhou , mas o palco foi seu primeiro playground .  Foi amamentada nas coxias do teatro. Suas babás eram as camareiras . Esse universo de mágica fez com que ela pensasse que era rica. Christiane só foi descobrir que sua família não era rica na adolescência, porque o ambiente em que vivia eram os cenários pomposos, cheio de luzes multicoloridas, móveis luxuosos, tapetes requintados, copos de cristal ...

Na sua casa, a música que ouvia era : Bach, Sibelius, fauré, Berlioz, Mozart. A Biblioteca de sua mãe era composta por livros de teatro e pintura. Desde de criança, Christiane tinha intimidade com Rembrandt, El Greco, Ibsen, Carlos Drummond de Andrade, Miró, Balzac, Cervantes.

Foi Monah que apresentou os Beatles a Christiane e ela aprendeu inglês porque queria saber o que as letras das músicas do grupo diziam.


Christiane viveu sua infância em Ipanema, na rua Barão de Jaguaribe e na época de sua meninice todas as crianças brincavam na rua sem parar. Como ela era muito moleca, “herdou” todos os shorts de seu irmão. Corria, nadava, era uma espoleta como a maioria das crianças.

A atriz gostava de brincar tanto de bola quanto de boneca, como declarou em entrevista para revista Manchete em 1978:
Meu temperamento misturava coisas meio paradoxais. Gostava de bola de futebol e de boneca; portanto, indistintamente - batia com as duas - , era tímida , mas trazia no bojo uma liderança quase tirana”.

Desde pequena já era bem crítica. Christiane achava as peças infantis chatérrimas, pois faziam as crianças parecerem débeis mentais. Quando tinha 6 anos, foi assistir à uma peça teatral infantil e detestou. Chegou em casa e resolveu remontar o espetáculo. Reescreveu a peça inteira. Sua mãe fez todos os figurinos e cenários e Christiane dirigiu.

Ainda nessa época, Sérgio Britto montou a Noviça Rebelde no teatro e pediu à Monah que deixasse Christiane ser a menorzinha da família Trapp, mas Monah não deixou. Achou que aquilo podia atrapalhar os estudos. Christiane também queria fazer balé e só começou a estudar dança aos 16 anos, porque sua mãe não permitiu também. Como ginástica fazia parte do currículo escolar, Monah vivia dizendo : “ Vá ser atleta!” e Christiane acabou se dedicando a isso. Por isso o corpo super em forma de hoje ! Ela teve uma preparação "espartana". 

Christiane estudou nos colégios São Marcelo, Tereziano e Andrews . Segundo a atriz, ela era aquela que ficava entre as áreas da baderna e da boa aluna.

Christiane participava do teatro no colégio e uma certa vez levou um chute de uma menina em um dos ensaios . A menina chutou a perna de Christiane com tanta força que ela ficou com um edema feio. No dia seguinte, ela foi fazer a peça febril, cheia dores e a perna inflamou. Ela improvisou, esqueceu o texto, mas o público gostou muito. Chegando em casa, Dona Monah tirou a bota e caiu para trás ( desmaiou literalmente). A perna estava escura, do joelho para baixo . Foi início de gangrena, mas Christine teve muita sorte. Ela foi operada pelo Dr.Lídio Toledo, que era médico da seleção brasileira de futebol e a operação foi um sucesso . Graças a Deus ! 

Segundo Denise Mattar, prima da atriz, Christiane era muito bonitinha e encantadora , era chamada de “Tianinha” por seus familiares. Uma vez num restaurante um senhor rico fez uma “proposta indecente” para os seus pais . Ele gostou tanto de Christiane que queria criá-la, levá-la para morar fora do país . Nem precisa dizer qual foi a resposta de Dona Monah e seu Geraldo Matheus . Não deixaram o “camarada” terminar de falar, já saíram de lá correndo com a Christiane.

Podemos perceber que Christiane já causava impacto e encanto nas pessoas desde criança. Sem dúvida ela deve ter boas recordações dessa fase de sua vida e deve ter muitas outras histórias para contar . Ficamos , por hora, com estas!

Fontes : 

Site Monah Delacy 
Arquivo Confidencial- 2001/ Programa Domingão do Faustão
Depoimento a Roberto Boscoli - Revista Manchete,1978
KHOURY, Simon . Christiane Torloni in Bastidores. Rio de Janeiro : Letras & Expressões : Montenegro & Raman, 2002
 

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