Christiane Torloni orgulha-se de estar em plena forma aos 51 anos

fevereiro 23, 2008


Entrevista concedida por Christiane Torloni ao site Terra , dia 17 fevereito. Foi publicada um dia antes do seu aniversário . Vale a pena conferir !!


Christiane Torloni faz questão de não economizar no charme. Ao esmiuçar os detalhes de Sônia, sua personagem em Beleza Pura, a atriz orgulha-se de estar em plena forma, prestes a completar 51 anos.
Em uma participação na trama das sete da Globo, Sônia é uma mulher contemporânea e muito sexy, cobiçada por seu vizinho Guilherme, um engenheiro vivido por Edson Celulari.
Sônia concilia a criação dos filhos com a construção de uma clínica de estética batizada com o mesmo nome do folhetim de Andrea Maltarolli. Mas um acidente com o helicóptero em que viaja faz com que a personagem seja dada como morta. Isso acontece justamente no dia em que sua filha Joana, de Regiane Alves, que foi criada num orfanato, tenta reencontrar a mãe.

"O helicóptero cai, os personagens são dados como mortos, mas tudo pode ser uma grande armação. Antes do desaparecimento, porém, a Sônia mostra que é alegre, despojada e bem contemporânea", detalha a paulistana.

A composição da Sônia partiu da abordagem estética da trama?


Totalmente. Tive de dar imediatamente essa informação estética dela, mas com o cuidado de não cair na caricatura. Isso foi uma preocupação desde o primeiro momento.

Os autores e a direção queriam desenhar uma personagem que fosse crível. Ela não tem nenhuma cor carregada. Não lembra aquelas mulheres que têm clínica de estética e parecem que usam todos os produtos ao mesmo tempo, como uma vitrine. Ela não tem essa cara. Tem um aspecto contemporâneo, limpo.

Que pesquisas você fez sobre tratamentos estéticos e novidades no setor para a Sônia?


Por ser mulher e já ter grande bagagem de vida, já tinha informações para a personagem. Faço o que toda mulher faz, como pé, mão, cabelo, cuido da pele. Não fico cutucando, procurando tratamentos como uma abelha enlouquecida atrás de novidades.

Minha rotina normal bastava para esse trabalho. Sou uma pessoa que evita fazer maluquices, como exagerar em atividades físicas, ter alterações de peso ou carregar 100 kg na musculação. Tudo que é exagerado ferra o corpo, a pele.

A mulher tem 80 mudanças hormonais por dia, ela é muito vítima dela mesma. Uma hora quer ser loura, na outra morena, ruiva. Esse mercado ganha muita grana com as mulheres. Beleza é equilíbrio.

De que forma você chegou a esse equilíbrio aos 51 anos?


O Ivo Pitanguy sempre disse que a mulher não deve se olhar no espelho várias vezes ao dia. Tentamos corrigir nossas imperfeições e nos ferramos inteiras. A gente precisa começar a gostar da harmonia que existe nas nossas imperfeições, senão você fica uma coisa padronizada, sem lógica, sem personalidade.

Essa noção só o tempo trás. Tento me cultivar em vez de querer ser outra pessoa. Correr atrás do padrão de beleza é comprar ticket para ficar louca. As mulheres não sabem que ficam mais interessantes com o passar do tempo. Elas vão desabrochando...

Em Amazônia - De Galvez a Chico Mendes, você interpretou a Maria Alonso, uma mulher densa, dramática. Antes disso, fez a problemática Haydée, em América. Sentia falta da leveza de uma trama das sete?


As coisas vem para mim sem precisar pedir. Me divirto fazendo comédia e papéis mais leves porque a própria televisão parece que me pede para mudar. Mas sempre embarco nos trabalhos de uma forma leve e alegre.

Agora, meu encontro está marcado com a Sônia. Trato as personagens de outra forma. É como se eu dissesse: "Quem é essa nova amante que chegou, chamada Sônia? Como ela é?". Me divirto mesmo.

Seu marido, Ignácio Coqueiro, fechou contrato recentemente como diretor da Record. Você chegou a ser assediada pela emissora?


Sou a favor da biodiversidade. Tem lugar para todos. Ele teve uma boa oportunidade e eu tenho um ótimo contrato com a Globo e trabalhos bem interessantes.

Agora mesmo, vou brincar de A Gata e o Rato com o Celulari. Ele vai ser meio "juquinha", a menina dos olhos dele ri muito nesse papel. Eu vou ser a gostosa que ele cobiça. É bem divertido, bem diferente do casal Haydée e Glauco que vivemos em América.

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