Christiane Torloni: 'O sentido do meu trabalho é inspirar as pessoas'

outubro 07, 2010

 

No ar como Rebeca, em "Ti-ti-ti", Christiane Torloni nem de longe lembra a afetada Melissa, seu último papel na TV, a perua de "Caminho das Índias". Mas apesar das diferenças entre as duas mulheres - que vão desde o tom de voz até o figurino - a atriz consegue enxergar algo em comum entre elas. Em entrevista exclusiva ao blog de Patricia Kogut, Christiane disse estar feliz em poder, mais uma vez, dar vida a uma personagem que tem algo a dizer.

- A Rebeca começa a novela embaçada pela sua própria história. Mas em vez de querer ser uma dondoca, de viver da pensão do marido morto, ela resolve ir para a vida. E ao mudar sua vida, dá um grande exemplo aos filhos - observa a atriz.

Para Christiane, o mais importante no seu trabalho é inspirar as pessoas.

- A Melissa, por exemplo, era uma perua, mas tinha utilidade pública. E é por esta razão que eu tenho aceitado meus personagens. Por trás daquela mulher aparentemente fútil houve um trabalho importantíssimo sobre as doenças mentais.

Em cartaz com a peça "A loba de Ray-Ban", ela também falou de sua parceria com Maria Maya. Confira o Vídeo abaixo :


"A Rebeca é uma personagem que começa usando sete véus. Ela começa embaçada pela própria história, a história de uma dona de casa que fica atrás do marido, atrás das paredes da casa. Mas em vez que querer ser uma dondoca, daquelas que vivem da pensão do marido morto, ela resolve ir para a vida. E ao mudar a vida dela, dá um grande exemplo aos filhos. Acho muito bacana, mais uma vez, ter uma personagem que tem alguma coisa a dizer"

"A Melissa era uma personagem dificílima. Era como fazer uma cantora lírica, ela estava sempre acima de vários tons. Fazer um personagem de muita cor, além de muito arriscado, exige um esforço físico do tamanho de um bonde. Ela (Melissa) me puxava muito, mas ao mesmo tempo era uma personagem de utilidade pública. E é por esta razão que tenho aceitado meus papéis. Por trás daquela perua aparentemente fútil houve um trabalho importantíssimo em relação a doenças mentais"


"Quando o artista dá o grito, expõe a dor, mata ou se mata em cena, ele normamelte está salvando alguém de se matar, de gritar. Ele chora o pranto que o outro não sabe chorar. Então tem uma redenção na arte que é importantíssima"

"Há três anos começamos a trabalhar nesta versão (de "A loba de Ray-Ban") e a Maria Maya fez uma audição lindíssima. Isso foi antes de "Caminho das Índias", na qual ela acabou fazendo minha filha. É uma grande oportunidade para mim porque, ao mesmo tempo em que faço uma personagem contida na novela, vivo uma loba no teatro"

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