TV Fama - Christiane Torloni é entrevistada na coletiva de imprensa da peça A Loba de Ray-Ban
Coletiva de Imprensa outubro 31, 2009Sob a direção de José Possi Neto, a atriz Christiane Torloni, de 52 anos, estreia no Teatro Shopping Frei Caneca a peça A Loba de Ray-Ban. Trata-se de uma versão feminina do drama O Lobo de Ray-Ban, que ela protagonizou nos anos 80 ao lado de Raul Cortez.
Qual a diferença entre as duas versões do texto escritas por Renato Borghi?
Os personagens mudam de sexo, mas os conflitos são os mesmos. Vivo as mesmas situações do papel de Raul Cortez, o meu ex-marido na montagem de 1987. Existia uma lenda em torno da versão feminina desse texto. O Borghi escreveu para a Dina Sfat (1938-1989), que adoeceu e não pôde fazer. Dois anos atrás, o ator Leonardo Franco, que interpretava o amante do personagem de Raul na época, me disse que guardava a peça havia dezessete anos. Eu tinha outro projeto com o Possi e parei. Quis fazer na hora.
Mas a homossexualidade ainda pode ser tão polêmica quanto há vinte anos?
Em O Lobo de Ray-Ban, muitos se constrangiam ao ver no palco o romance de dois homens. A homossexualidade feminina é vista de forma mais condescendente e até excitante. Talvez seja uma questão cultural. Todos têm curiosidade sobre o que acontece entre mulheres, mesmo que elas não façam nada de mais. Acho que as esposas nem vão precisar insistir muito para levar o marido a essa peça (risos).
Ter o nome associado à sensualidade costuma ser um empecilho para alguns atores. Você nunca pensou em fazer um papel de mulher feia, decadente?
Sempre trabalhei muito, e os personagens chegaram a mim. Aos poucos, tirei o rótulo de mulher bonita, gostosa e mais ou menos talentosa. Essa peça será um novo divisor de águas. Em O Lobo de Ray-Ban, eu tinha 30 anos, estava me tornando uma mulher e me consagrei. Agora, atravesso outro portal: o da mulher para a mulher madura, e isso é forte. Virei uma loba.
Enviamos a seguinte mensagem para ela ...
Querida Elza,
Não temos palavras para agradecer tudo o que você tem feito por nós, propiciando o nosso contato com a nossa diva, Christiane Torloni. Nunca esqueceremos os momentos alegres e o seu apoio, construindo o caminho da melhor maneira possível e nos orientando. A sua compreensão da importância de Christiane para nós tem nos comovido, aumentando a nossa admiração e carinho pela sua pessoa que, além de tudo, tem sido uma verdadeira amiga de todos nós. Por isso, resolvemos homenageá-la nesse dia tão especial para você, e mostrar que também nos transformamos em fãs de Elza Costa, por tudo que você tem feito pela comunidade Torloni Star.
Mais duas reportagens sobre a Coletiva de Imprensa de "A Loba de Ray-Ban"
Coletiva de Imprensa outubro 30, 2009Christiane Torloni conta que escuta a voz de Raul Cortez (1932 - 2006) ao ensaiar o texto de Renato Borghi, "A loba de Ray-Ban". Isto porque a atriz de 52 anos estava no elenco da primeira montagem da obra em 1987, interpretando a mulher do personagem de Raul, o então lobo da história. Passados 22 anos, personagens e gêneros se invertem. Torloni vive Julia Ferraz, correspondente feminina do protagonista. A peça, dirigida por José Possi Neto, o mesmo diretor da célebre montagem da década de 80, entra em cartaz no Teatro Frei Caneca em São Paulo a partir de 7 de novembro.
- Comecei a me emocionar ao decorar o texto. Ouço Raul falando como se estivesse sussurrando no meu ouvido. Foi um grande desafio, pois as vozes do passado continuam em cena. Também me ouço como o personagem de Leonardo Franco [que na montagem atual interpreta o personagem masculino que corresponde ao que foi de Torloni em 1987] - contou a atriz.
A estrutura da peça é a mesma, mas o triângulo amoroso que surge nos bastidores do teatro passa a ser entre um homem e duas mulheres. Antes, o triângulo formava-se quando o personagem de Raul Cortez, um empresário e ator de teatro, se apaixonava por um jovem ator, interpretado no passado por Leonardo Franco na temporada carioca da peça, enquanto vivia um casamento com a personagem de Christiane Torloni.
A versão feminina do texto foi escrita por Borghi ao mesmo tempo em que ele criava a versão masculina, a pedidos da atriz Dina Sfat. Infelizmente, Dina adoeceu antes que pudesse encenar o texto, empreitada assumida agora por Torloni.
O novo triâgulo amoroso forma-se quando Julia Ferraz (Christiane Torloni) apaixona-se por uma jovem atriz (Maria Maya). Julia é casada com o personagem de Leonardo Franco. Todos os envolvidos são atores.
- O assunto principal da peça não é o homossexualismo. Este é apenas um dos temas. Mas como é ainda um tabu em pleno século XXI, ele acaba aparecendo na frente. O grande assunto da peça é o relacionamento amoroso, o papel da traição, da paixão e do ciúme. Por isto esta peça é universal, nunca fica datada. Os personagens discutem o tempo inteiro a honestidade de suas relações. Paralelo a isto, existe uma grande paixão que os une: o teatro. Estas relações são governadas pela paixão que eles têm pelo teatro. A peça defende a honestidade, não o homossexualismo - explica José Possi Neto.
O preconceito e o medo vão destruir a relação da grande atriz e empresária com a jovem aspirante aos palcos. Também ganha ênfase a relação de ciúmes e competição em um casamento. São elementos que ajudam o público a se identificar com os personagens, acredita Possi.
- Mas sei também que há um enorme interesse em ver um barraco em cena - completa o diretor, referindo-se ao momento no qual a atriz principal interrompe o espetáculo e assume o clímax de sua crise existencial e afetiva diante do público.
O encenador afirma que não está fazendo uma remontagem de seu espetáculo de 1987.
- É uma nova abordagem. Sinto como se estivesse dirigindo um clássico.
Christiane Torloni define sua personagem como alguém que "transita com liberdade pelo desejo e pela paixão".
- As pessoas às vezes aparentam uma sexualidade que não têm. A peça trata de liberdade sexual - diz a atriz, lembrando do casal de lésbicas (interpretado por ela e Sílvia Pfeiffer) que enfrentou a rejeição do público na novela "Torre de Babel" e acabou saindo trama com uma morte trágica.
Interpretar primeiro a personagem mais jovem da peça e, agora, assumir o posto da loba, é motivo de orgulho para Christiane Torloni.
- Hoje você pode escalar um elenco de 7 a 87 anos. Estou caminhando dentro da nossa cronologia teatral. Isso me dá um orgulho enorme. É uma glória continuar e a loba é um prêmio - diz Torloni, acrescentando que a nova montagem é uma oportunidade para o público se reencontrar com um clássico da dramaturgia brasileira.
Mas a atriz faz um pedido ao público: que não tomem Rivotril antes de vir ao teatro, para que seja possível se emocionar.
- O povo está tomando Rivotril como se fosse floral. As pessoas estão se anestesiando. Por favor, não se anestesiem antes de vir ao teatro. Ninguém mais quer chorar, se emocionar. Vivemos um momento estranho, com essa modalidade do "eu me anestesio no café da manhã para poder viver". O ópio do povo virou o Rivotril, os remédios de tarja preta - conclui.
FONTE: O GLOBO
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Christiane Torloni vai interpretar uma mulher bissexual na peça A Loba de Ray-Ban, que estreia em São Paulo, no teatro Frei Caneca, no próximo dia 7 de novembro.
Ao falar sobre a peça, ela fez questão de lembrar de sua personagem na novela Torre de Babel (Globo), que morreu na explosão de um shopping, por ser homossexual.
- Já tive de morrer na TV por fazer uma personagem homossexual. Nos anos 90, eu fiz um casal com Silvia Pfeifer, em Torre de Babel. Era o casal mais tranquilo da novela. O mais bem sucedido. Mesmo assim, elas tiveram de morrer daquela forma horrorosa, em uma explosão dentro de um shopping, por conta do preconceito.
Para Torloni, sua personagem no teatro, que se envolve com uma atriz mais jovem, interpretada por Maria Maya, abre caminhos.
- Ainda existe o tabu contra a homossexualidade. Então, uma das bandeiras dessa peça é a favor da sexualidade. As personagens dialogam sua liberdade. Não é que elas sejam homossexuais. Elas são sexuais. Vivem pelo desejo e pela paixão.
A atriz afirmou que muita gente “aparente uma sexualidade que não tem”. - Tem cara que você olha e fala: esse é bofe. E não é não! [risos]. A peça não defende a homossexualidade. Ela defende a honestidade.
Christiane e Maria, que fizeram mãe e filha na novela Caminho das Índias (Globo), contaram que a proximidade na trama de Gloria Perez ajudou na peça dirigida por José Possi Neto. Maria lembra:
- Quando me disseram que seria filha dela, pensei que fosse pegadinha, porque ela já havia me convidado para a peça.
Torloni já viveu o papel que hoje é de Maria em 1987, na primeira montagem do texto de Renato Borghi. Ela, que afirmou “cuidar muito bem” de seu corpo, aproveita os 22 anos que separam as duas encenações para filosofar:
- Acho que estou crescendo. Tenho muito orgulho da minha trajetória. Poder continuar nessa profissão para mim é a glória. Um dia, quem sabe, não vou fazer a vovó da Loba? Ou a vovozinha do lobo mau? [risos]
FONTE: PRIMEIRA EDIÇÃO
Fotos e Sinopse da peça A Loba de Ray-ban com Christiane Torloni , Maria Maya e Leonardo Franco
Loba de Ray-ban outubro 29, 2009SINOPSE
Esta é a história de um triângulo amoroso que vive situações convencionais e de bissexualidade. Os personagens envolvidos são atores, fazem do teatro sua profissão e seu sacerdócio. São seres apaixonados e apaixonantes, são capazes de assumir a persona de verdadeiros monstros sagrados e resvalar o mais baixo do melodrama humano. São objeto de curiosidade de todo tipo de voyerismo, portanto irresistíveis.
Numa noite, um espetáculo de teatro é interrompido pela atriz principal, que assume o clímax de sua crise existencial e afetiva diante do público. Escândalo. Revela-se o triângulo amoroso vivido por ela, envolvendo o ex-marido e sua atual amante, ambos atores da sua Companhia Teatral. Vamos assistir a uma brilhante discussão sobre moral e relacionamento amoroso. Vamos participar do cotidiano dos camarins e coxias de um teatro. Vamos testemunhar um desafio de interpretação, vividos por Christiane Torloni como Julia Ferraz, a atriz-empresária, e por Leonardo Franco e Maria Maya, o ex-marido e a amante.
FOTOS
FONTE : CANAL TEATRO
Christiane Torloni em coletiva de imprensa de "A Loba de Ray-Ban"
Christiane Torloni outubro 29, 2009A atriz Christiane Torloni se emocionou ao falar de Raul Cortez (morto em julho de 2006), em encontro com a imprensa nessa quinta-feira (29), em São Paulo. A atriz interpreta o papel de protagonista da peça A Loba de Ray-Ban, uma versão feminina do personagem que foi de Cortez na primeira montagem do espetáculo em 1987. "A música do texto é a voz do Raul. Eu decorei as falas da minha personagem, mas ouço o Raul falando e isso é algo muito forte pra mim", disse ela, com lágrimas nos olhos.
Christiane também fez parte do elenco da primeira montagem, no papel que hoje é de Leonardo Franco. Já Maria Maya é novata no elenco. O papel dela foi vivido por Leonardo.
A trama fala do triângulo amoroso entre Julia, personagem de Christiane, Paulo (Leonardo Franco) e Fernanda (Maria Maya), que é amante de Julia, e a atriz falou sobre a homossexualidade, que é um dos temas da peça. "Ainda existe um grande tabu, mas a Julia tem um sentido de liberdade. Ela transita pela liberdade, pelo desejo, pela paixão", definiu ela.Maria disse que sua personagem no espetáculo, Fernanda, enfrenta conflitos morais e por isso abandona seu amor, Júlia. "Essa questão é muito presente na minha geração - a virtual, do Twitter e do Facebook -, que está tão presa ao individualismo que acaba abandonando o amor. Eu também uso essas redes de relacionamento, mas trata-se de uma prisão", criticou.
Segundo ela, quando Christiane Torloni a chamou para um teste, ela agarrou o papel com todas as forças. "Eu quis trazer essa realidade para a ficção", contou. "Ainda não tenho resposta para a questão, mas espero encontrar pelo menos um conforto no teatro" .
Aos 28 anos, Maria acredita que A Loba de Ray-Ban será um divisor de águas na sua carreira. "Só agora estou conseguindo fincar a minha história na profissão que escolhi e amo. Fico feliz em poder juntar no palco a minha maturidade profissional com a pessoal".
Maria Maya volta a contracenar com Christiane Torloni após interpretar sua filha problemática - e rejeitada - em Caminho das Índias, da Globo. Nos palcos, a atriz vive a amante da personagem de Christiane. "Foi um conjunto de acontecimentos e coincidências quase mágicos Eu fiz o teste para a peça antes da novela e, no início, eu tinha outro papel na trama. Soube três dias antes de começar a gravar que seria filha da Chris", contou.
Para Christiane, a novela foi um teste para as duas atrizes. "Se a gente não tivesse sentido química, seria uma chance para afinar ou para dizer tchau", ressaltou.
Para Christiane, os espetáculos de 1987 e o de hoje marcaram uma "passagem de nível". "Há 22 anos, eu estava chegando aos 30, uma fase maravilhosa, em que a mulher se distancia dos seus conceitos da adolescência. Agora vivo outra passagem. Cheguei à maturidade. O texto tem o mesmo emblema para mim como teve há 22 anos. Hoje ele diz: 'você é uma loba, então seja uma'", explicou.
A atriz enfatizou que nos dois anos em que levantou recursos para montar a peça ela passou por um processo de crescimento. "Eu entrei num concurso de dança (o Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão), algo que nunca pensei que faria e muito menos que pudesse ganhar, reuni assinaturas para um projeto ambiental (o Amazônia para Sempre), fiz uma novela das 20h (Caminho das Índias) e um filme (Chico Xavier). Esses projetos me fizeram alcançar a maturidade também nos palcos", disse.
A Loba Ray-Ban, que tem a direção de José Possi Neto, estréia no próximo sábado (7), em São Paulo, no teatro Frei Caneca.
FONTE: EGO , O DIA, OFUXICOE TERRA
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Mais uma foto de divulgação da peça:
FONTE: TERRA
Christiane Torloni foi clicada no aeroporto Santos Dumont, no Rio, nesta terça-feira(27).
FONTE: QUEM
E MAIS ....
Ignácio Coqueiro estaria nos planos da dramaturgia do SBT
Programa da Peça Lobo de Ray-Ban : Christiane Torloni e Raul Cortez - 1987
O lobo de Rayban outubro 26, 2009Dedicatória da atriz Christiane Torloni - 1987
( extraído do programa da peça)
Há trinta anos nascia
Ambos artistas – gente de teatro – ele promessa de grande ator que, pelo descaminhos da vida, tormou-se administrador de teatros; e ela até hoje, atriz.
A menina quase parida num palco, foi amamentada e criada nos camarins e coxias por essa linda família teatral composta por camareiras que, entre uma troca e outra de roupa, trocavam também uma fralda; pelas atrizes e atores que entre uma cena e outra cantavam uma cantiga de ninar ...
A menina, a “Tianinha”, uma filha comum de tantas temporadas e ensaios.
Cresci – dos camarins e coxias me vejo lançada agora nesses palcos pelos quais engatinhei.
Adulta , me vejo novamente amparada e ninada como outrora - mas agora pelos meus parceiros.
O leite é agora o texto pelo qual me alimento e me expando e o colo o carinho e o desafio com os quais meu diretor me educa. Sou feliz – estou em casa.
Dedico este espetáculo à todos aqueles que ninaram a filha de Geraldo e Monah;
A Luiz ,artista plástico, que com uma pincelada forte-própria, me ensina que a ARTE é grande e uma só, e se torna peça fundamental desse Puzzle cênico;
A Léo e Guigo, rompendo a barreira do tempo – passado e presente juntos – minhas pequenas projeções na platéia, assistindo os ensaios da mamãe ...;
Mas dedico e agradeço principalmente a Geraldo Matheus e Monah Delacy que me geraram no seio da magia, que nunca, nunca me deixaram esquecer que sou filha de artistas e do orgulho imenso que devo sentir por seu uma atriz.
Do fundo da alma,
CHRISTIANE TORLONI
A comunidade Torloni Star quer TE PARABENIZAR e te desejar TUDO de MELHOR .
Você merece, pois é uma pessoa querida, alegre e cheia de luz .Continue assim!
Muita saúde, muita paz e muito sucesso !
Que sua estrela nunca se apague !!
Parte final do texto e audio da peça A Loba de Ray-Ban com Christiane Torloni, Maria Maya e Leonardo Franco
Leitura de peça outubro 24, 2009>>>> AUDIO COMPLETO DA LEITURA DA PEÇA A LOBA DE RAY-BAN
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A PARTE FINAL DO TEXTO DA PEÇA " A LOBA DE RAY-BAN "
Páginas 45 e 46