A atriz Fabiana Karla postou nesta tarde em seu Instagram, uma foto, acompanhada de Christiane Torloni, Simone e Bethy Lagardère, onde as 4 aparecem felizes, na torcida pelo Brasil, que jogou contra a seleção de Camarões, na Copa do Mundo.
A torcida mais@pé quente e mais alegre!👏🙌✨🎉Brasil!👊 #brasilxcamaroes #friends #alegria #worldcup2014
Fonte: Instagram Fabiana Karla - @barbiefat
Fonte: Instagram Fabiana Karla - @barbiefat
Christiane Torloni fala sobre nova novela, o documentário que está produzindo e sua relação com a internet e os fãs
Búu junho 16, 2014
Presente na última edição do Fica – Festival Internacional de Cinema e
Vídeo Ambiental, que aconteceu entre maio e junho, na Cidade de Goiás, a
atriz Christiane Torloni conversou com a reportagem sobre sua relação
com a natureza, seus próximos trabalhos e outros assuntos. Além de
participar da próxima novela global das 19h – que substituirá Geração
Brasil – e já contou com títulos como "Buu" e "Alto Astral", ela codirige com o cineasta Miguel Przewodowski o documentário
Amazônia – Da Cidadania à Florestania – Um Despertar. O longa-metragem
está relacionado com o meio ambiente, causa que a artista defende há
muito tempo. E usando sua imagem pública para causas nobres, ela foi
responsável – junto com os atores Victor Fasano e Juca de Oliveira –
pelo manifesto Amazônia Para Sempre, que acumulou assinaturas de todo o
País em defesa da preservação da natureza.
Como é o seu novo filme?
É um longa-metragem de documentário chamado Amazônia – Da Cidadania à Florestania – Um Despertar. Ele conta a história de uma rede de personagens, como o Milton Nascimento e Tom Jobim, que têm, construída na sua trajetória, uma malha de sustentabilidade. Quando eu falo da cidadania do título, falo das Diretas Já. As pessoas que estavam envolvidas, por alguma razão mágica, foram se encaminhando para a floresta, resgatando valores ligados à natureza. Quando eu fui gravar a minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, tive a oportunidade de conhecer um dos pensadores desse conceito florestania. Essa relação da cidadania a florestania é porque estamos vivendo um tempo no Brasil que, por várias razões, nunca se quis tanto queimar o que resta da floresta e extrair os minerais. Nunca a bancada ruralista se expôs de uma maneira tão clara como no ano passado, na época da discussão e da mudança do Código Florestal. A justiça é tão complicada, não é? Conseguiu uma brecha constitucional para mudar o código, o que para nós vai ser muito ruim.
Fale do seu papel neste novo documentário.
Produtora e codiretora do documentário com Miguel Przewodowski. Nos anos 80, fizemos um documentário sobre o Arthur Bispo do Rosário. Ficou muito bonito, na colônia Juliano Moreira. Neste novo eu sou como uma fibra ótica dentro do filme. Eu apareço em alguns momentos, mas a rede é a protagonista.
Você gosta de praia. Na prática, o que você faz para preservá-la?
Eu cato lixo na praia. Eu acho muito feio quem vai para a praia ou cachoeiras e deixa seu lixo. É tão legal você levar seu saquinho e colher seu lixo. Dá uma sensação boa que você está fazendo a sua parte, fazendo a coisa certa. Existem dois tipos de pessoas. As que acham que a vida é um direito e usam tudo o que elas podem. Elas sugam, estupram, saqueiam. Não só as pessoas, como as coisas e o planeta. Outro segmento de gente acha que a vida é um privilégio e aí elas têm tendência de cuidar. Elas andam com cuidado nos lugares naturais. Essa percepção você vai percebendo depois de algum tempo de vida. Você percebe que existe essa divisão de gênero de gente: a que usa ou que guarda, respeita e quer que aquilo continue. Eu gostaria que o termo sustentabilidade fosse ensinado nas escolas como uma matéria, como matemática ou geografia.
Você pode falar sobre a novela das 19h? O nome é Buu?
Buu é o nome provisório. As reuniões de elenco começam em breve e eu faço um personagem que se chama Maria Inês, que é mãe dos dois personagens masculinos principais, que são irmãos um pouco em cima de Caim e Abel. É um personagem bem bonito e bem humano.
E ela é uma vilã ou mocinha?
Não é uma vilã. É uma mãe que tem dois filhos adotados, então tem uma discussão bonita sobre isso: como é essa relação dos pais com seus filhos adotados que crescem e buscam saber sobre os pais. Existe uma certa insatisfação existencial porque eles buscam os pais biológicos. Então os pais que doaram suas vidas algumas vezes são rejeitados. É muito interessante, uma discussão bonita. É uma novela espiritualista porque ela fala de personagens desencarnados. Mas não é como A Viagem, que inclusive vai reprisar no Viva. A Viagem tinha um compromisso mais profundo com a questão espírita. Buu é mais uma comédia, mais leve.
Entre ser vilã ou mocinha o que você prefere?
(Risada estilo Tereza Cristina, de Fina Estampa). A minha preferência são bons papéis.
E o que te faz querer um bom papel? Algum desafio?
Um bom personagem atua como uma paixão na sua vida. Você não sabe exatamente porque ele te movimentou tanto, mas depois vai sabendo porque vai lendo o texto. Mas normalmente, a menos que seja uma obra fechada, alguma coisa te encantou ali e você acredita naquilo como uma paixão. Às vezes você dá com os burros n’água, e às vezes você é feliz por nove meses com essa paixão.
“Dia de rock, bebê” virou meme na internet. Qual sua relação com as redes sociais?
Há alguns anos, uns seis ou oito anos, eu tinha por volta de 40 comunidades na internet. Aí elas foram se agregando e elas viraram uma chamada Torloni Star. Essa comunidade é comandada por uma rede de pessoas muito interessantes que me seguem há mais 30 anos. Elas suprem a minha necessidade de ter um Twitter, um Facebook. Se você quiser saber onde eu estou é só olhar lá com as meninas. É interessante porque a ideia de um fã clube sempre foi uma coisa que me desagradou um pouco. Eu sou uma pessoa muito religiosa, de muita fé. Então adorar para mim eu só adoro o que tem um valor místico. E eu sempre fui absolutamente contra qualquer coisa tipo de divinização, alguma coisa que beire o irracional. E essas meninas foram entendendo que, para me seguirem, precisariam ter uma função. E elas foram assumindo as causas sociais que eu entrei, como a Amazônia. Foram se tornando verdadeiras ativistas. Então isso que é o legal. Eu acho que as redes sociais são fundamentais em tempos de integração, mas são muito discutíveis quando elas passam uma fronteira muito tênue e delicada, que aquilo que é a vida da pessoa e quando a pessoa devia ficar como todo mundo, quieta em sua toca.
E a história do “Hoje é dia de rock, bebê”?
Eu achei engraçado na época porque tinha um espanto. Eu pensei ‘que engraçado, porque eu sempre fui rockeira. Assim, não sou Rita Lee, não sou rockeira de profissão, adoraria ser, mas não sou. Eu transito no espírito da época da minha geração que é rock’n’roll, então adoro. Então fiquei espantada. Pensei que deve ter alguma persona construída para fora, que as pessoas que acham que eu sou uma pessoa muito careta porque elas se surpreenderam. Mas foi uma surpesa tão feliz para elas que virou uma coisa ótima, uma comemoração. E eu falei que bom, foi melhor ainda.
Como é o seu novo filme?
É um longa-metragem de documentário chamado Amazônia – Da Cidadania à Florestania – Um Despertar. Ele conta a história de uma rede de personagens, como o Milton Nascimento e Tom Jobim, que têm, construída na sua trajetória, uma malha de sustentabilidade. Quando eu falo da cidadania do título, falo das Diretas Já. As pessoas que estavam envolvidas, por alguma razão mágica, foram se encaminhando para a floresta, resgatando valores ligados à natureza. Quando eu fui gravar a minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, tive a oportunidade de conhecer um dos pensadores desse conceito florestania. Essa relação da cidadania a florestania é porque estamos vivendo um tempo no Brasil que, por várias razões, nunca se quis tanto queimar o que resta da floresta e extrair os minerais. Nunca a bancada ruralista se expôs de uma maneira tão clara como no ano passado, na época da discussão e da mudança do Código Florestal. A justiça é tão complicada, não é? Conseguiu uma brecha constitucional para mudar o código, o que para nós vai ser muito ruim.
Fale do seu papel neste novo documentário.
Produtora e codiretora do documentário com Miguel Przewodowski. Nos anos 80, fizemos um documentário sobre o Arthur Bispo do Rosário. Ficou muito bonito, na colônia Juliano Moreira. Neste novo eu sou como uma fibra ótica dentro do filme. Eu apareço em alguns momentos, mas a rede é a protagonista.
Você gosta de praia. Na prática, o que você faz para preservá-la?
Eu cato lixo na praia. Eu acho muito feio quem vai para a praia ou cachoeiras e deixa seu lixo. É tão legal você levar seu saquinho e colher seu lixo. Dá uma sensação boa que você está fazendo a sua parte, fazendo a coisa certa. Existem dois tipos de pessoas. As que acham que a vida é um direito e usam tudo o que elas podem. Elas sugam, estupram, saqueiam. Não só as pessoas, como as coisas e o planeta. Outro segmento de gente acha que a vida é um privilégio e aí elas têm tendência de cuidar. Elas andam com cuidado nos lugares naturais. Essa percepção você vai percebendo depois de algum tempo de vida. Você percebe que existe essa divisão de gênero de gente: a que usa ou que guarda, respeita e quer que aquilo continue. Eu gostaria que o termo sustentabilidade fosse ensinado nas escolas como uma matéria, como matemática ou geografia.
Você pode falar sobre a novela das 19h? O nome é Buu?
Buu é o nome provisório. As reuniões de elenco começam em breve e eu faço um personagem que se chama Maria Inês, que é mãe dos dois personagens masculinos principais, que são irmãos um pouco em cima de Caim e Abel. É um personagem bem bonito e bem humano.
E ela é uma vilã ou mocinha?
Não é uma vilã. É uma mãe que tem dois filhos adotados, então tem uma discussão bonita sobre isso: como é essa relação dos pais com seus filhos adotados que crescem e buscam saber sobre os pais. Existe uma certa insatisfação existencial porque eles buscam os pais biológicos. Então os pais que doaram suas vidas algumas vezes são rejeitados. É muito interessante, uma discussão bonita. É uma novela espiritualista porque ela fala de personagens desencarnados. Mas não é como A Viagem, que inclusive vai reprisar no Viva. A Viagem tinha um compromisso mais profundo com a questão espírita. Buu é mais uma comédia, mais leve.
Entre ser vilã ou mocinha o que você prefere?
(Risada estilo Tereza Cristina, de Fina Estampa). A minha preferência são bons papéis.
E o que te faz querer um bom papel? Algum desafio?
Um bom personagem atua como uma paixão na sua vida. Você não sabe exatamente porque ele te movimentou tanto, mas depois vai sabendo porque vai lendo o texto. Mas normalmente, a menos que seja uma obra fechada, alguma coisa te encantou ali e você acredita naquilo como uma paixão. Às vezes você dá com os burros n’água, e às vezes você é feliz por nove meses com essa paixão.
“Dia de rock, bebê” virou meme na internet. Qual sua relação com as redes sociais?
Há alguns anos, uns seis ou oito anos, eu tinha por volta de 40 comunidades na internet. Aí elas foram se agregando e elas viraram uma chamada Torloni Star. Essa comunidade é comandada por uma rede de pessoas muito interessantes que me seguem há mais 30 anos. Elas suprem a minha necessidade de ter um Twitter, um Facebook. Se você quiser saber onde eu estou é só olhar lá com as meninas. É interessante porque a ideia de um fã clube sempre foi uma coisa que me desagradou um pouco. Eu sou uma pessoa muito religiosa, de muita fé. Então adorar para mim eu só adoro o que tem um valor místico. E eu sempre fui absolutamente contra qualquer coisa tipo de divinização, alguma coisa que beire o irracional. E essas meninas foram entendendo que, para me seguirem, precisariam ter uma função. E elas foram assumindo as causas sociais que eu entrei, como a Amazônia. Foram se tornando verdadeiras ativistas. Então isso que é o legal. Eu acho que as redes sociais são fundamentais em tempos de integração, mas são muito discutíveis quando elas passam uma fronteira muito tênue e delicada, que aquilo que é a vida da pessoa e quando a pessoa devia ficar como todo mundo, quieta em sua toca.
E a história do “Hoje é dia de rock, bebê”?
Eu achei engraçado na época porque tinha um espanto. Eu pensei ‘que engraçado, porque eu sempre fui rockeira. Assim, não sou Rita Lee, não sou rockeira de profissão, adoraria ser, mas não sou. Eu transito no espírito da época da minha geração que é rock’n’roll, então adoro. Então fiquei espantada. Pensei que deve ter alguma persona construída para fora, que as pessoas que acham que eu sou uma pessoa muito careta porque elas se surpreenderam. Mas foi uma surpesa tão feliz para elas que virou uma coisa ótima, uma comemoração. E eu falei que bom, foi melhor ainda.
Fonte: Jornal de Brasília
A casa de Márcio Garcia, no alto do Joá, no Rio de Janeiro, foi o ponto de encontro de artistas como Giovanna Antonelli, Reynaldo Gianecchini, Christiane Torloni, Guilhermina Guinle, Ísis Valverde, Ana Maria Braga, Eriberto Leão, Vanessa Gerbeli, Paula Burlamaqui, Gabriela Alves, entre tantos, na noite dessa quinta-feira (05). O motivo? Um encontro com Prem Baba (Pai do Amor), o líder humanitário e mestre espiritual brasileiro que conquistou seguidores em todo planeta e trabalha firmemente com o propósito de 'acordar' o amor em toda a humanidade. Foram 60 pessoas que fizeram perguntas e ouviram sobre o desapego, amor e a importância da meditação, ao menos por um minuto ao dia, como forma de auto conhecimento.
A atriz Bárbara Borges, grávida de nove meses e meio e na iminência de parir a qualquer minuto, protagonizou uma das cenas mais emocionantes da noite, quando ela se ajoelhou e o líder espiritual colocou as mãos em sua barriga. Logo depois ela perguntou sobre maternidade. Já Christiane Torloni quis saber sobre a prática do desapego e Gabriela Alves, sobre a importância das artes em geral. "A pessoa pode ter sucesso e fama, mas pode ser infeliz. A arte é um dom divino e se é feito com amor, o sucesso é consequência", respondeu Baba.
Sobre Prem Baba
Prem Baba é o nome espiritual de Janderson Fernandes de Oliveira, nascido no bairro da Aclimação, em São Paulo. Ao longo dos anos, formou-se em psicologia e estudou a fundo a psique humana e técnicas orientais e xamânicas. Fundou um centro terapêutico, onde desenvolveu atividades mesclando técnicas de meditação transcendental, terapia junguiana, Reich, artes marciais, Osho, bioenergética e massagem. Por anos deu aula para milhares de pessoas, mas aos 32 anos, quando visitou Rishikesh, na Índia, encontrou seu guru, Sri Hans Raj Maharajji, e a partir daí seus ensinamentos foram parar nos quatro cantos do mundo - do Brasil à Índia, passando pelos Estados Unidos e Europa. No Brasil, fundou Instituto Alegria, uma organização social sem fins lucrativos que tem como missão promover a educação integral. Além da mediação de conflitos, aplicada em comunidades desde 2010, o Instituto desenvolve o projeto Cultura de Paz e Prosperidade em escolas públicas do país.
Fonte: Bruno Astuto - Época e Quem
Parabéns a todos que fazem do Torloni Star o que ele é!! Que venham muitos e muitos anos ainda melhores!!!!
Com o Convento da Igreja do Rosário lotado, a atriz, e agora também
cineasta, Christiane Torloni fez sua tocante participação no Festival
Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) na manhã deste domingo
(01). O fórum foi o primeiro nestes dezesseis anos de festival a reunir
efetivamente cinema e meio ambiente, e a atriz aproveitou a ocasião para
apresentar ao público seu novo trabalho, o documentário de longa
metragem Amazônia: da cidadania a florestania – um despertar.
Dona de uma presença marcante, Christiane falou ao público sobre os seus mais de vinte anos de lutas pela democracia e pela preservação do meio ambiente. Ela contou que teve um berço cultural e político muito forte, ainda dentro de casa, mas que começou a se envolver nestas questões de forma mais eficaz nas Diretas Já. Durante as gravações da minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, ela teve a oportunidade de voltar à região da Amazônia e viu despertar em si o mesmo ímpeto de antes, destinando sua luta, desta vez, às causas ambientais. Ela então se reuniu aos também atores Juca de Oliveira e Victor Fasano no projeto Amazônia para Sempre, que conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas em prol da salvação da floresta.
Com a conclusão do projeto, a atriz contou que se sentiu cobrada a continuar agindo e, então, deu início à produção de um documentário, que reúne imagens de suas viagens à região amazônica, descobrindo povos indígenas, a fauna e a flora locais, e uma verdadeira rede de ação pela floresta. O projeto ainda está em fase de captação, mas, animada, Christiane prometeu voltar ao Fica no próximo ano, já para a exibição do longa.
Em um bate papo descontraído e bem humorado, a atriz ouviu os questionamentos do público e convocou a todos para lutar pelo Brasil. Ela disse que o seu trabalho como atriz e como cidadã é indivisível e que é preciso que todos também se vejam desse modo, como responsáveis pela cidadania e pela ação. “Nós temos que desfazer a imagem de que o brasileiro é preguiçoso, porque isso é uma mentira. O mais complicado hoje é tirar do brasileiro a desesperança”, afirmou, completando que a verdadeira luta tem que ser coletiva, pacífica, e fortalecida pela característica maior do nosso povo, que é a alegria.
A atriz e cineasta teve a oportunidade de conhecer um pouco do Fica, e também da Cidade de Goiás. Além de ter visitado o museu Casa de Cora e a Cachoeira das Andorinhas, ela brincou sobre a culinária regional, se mostrando ansiosa por saborear um tradicional arroz com pequi.
Dona de uma presença marcante, Christiane falou ao público sobre os seus mais de vinte anos de lutas pela democracia e pela preservação do meio ambiente. Ela contou que teve um berço cultural e político muito forte, ainda dentro de casa, mas que começou a se envolver nestas questões de forma mais eficaz nas Diretas Já. Durante as gravações da minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, ela teve a oportunidade de voltar à região da Amazônia e viu despertar em si o mesmo ímpeto de antes, destinando sua luta, desta vez, às causas ambientais. Ela então se reuniu aos também atores Juca de Oliveira e Victor Fasano no projeto Amazônia para Sempre, que conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas em prol da salvação da floresta.
Com a conclusão do projeto, a atriz contou que se sentiu cobrada a continuar agindo e, então, deu início à produção de um documentário, que reúne imagens de suas viagens à região amazônica, descobrindo povos indígenas, a fauna e a flora locais, e uma verdadeira rede de ação pela floresta. O projeto ainda está em fase de captação, mas, animada, Christiane prometeu voltar ao Fica no próximo ano, já para a exibição do longa.
Em um bate papo descontraído e bem humorado, a atriz ouviu os questionamentos do público e convocou a todos para lutar pelo Brasil. Ela disse que o seu trabalho como atriz e como cidadã é indivisível e que é preciso que todos também se vejam desse modo, como responsáveis pela cidadania e pela ação. “Nós temos que desfazer a imagem de que o brasileiro é preguiçoso, porque isso é uma mentira. O mais complicado hoje é tirar do brasileiro a desesperança”, afirmou, completando que a verdadeira luta tem que ser coletiva, pacífica, e fortalecida pela característica maior do nosso povo, que é a alegria.
A atriz e cineasta teve a oportunidade de conhecer um pouco do Fica, e também da Cidade de Goiás. Além de ter visitado o museu Casa de Cora e a Cachoeira das Andorinhas, ela brincou sobre a culinária regional, se mostrando ansiosa por saborear um tradicional arroz com pequi.
Fonte: FICA 2014 e Fabiana Oliveira (@GynFabiana)
"Amazônia - da cidadania à florestania: um despertar". Nesse sábado, Christiane concedeu uma entrevista coletiva à imprensa que cobre o festival. “O filme é um documentário em longa-metragem. Ele conta a história de uma rede de personagens, basicamente a partir de (Cândido) Rondon, até o século XXI. São personagens que, através da sua trajetória, construíram uma malha de sustentabilidade. Então, temos o Darcy (Ribeiro), os irmãos Villas-Bôas, o (poeta) Thiago de Mello, Tom Jobim, Miriam Leitão, o Milton Nascimento, muitos outros”, ela explica.
E vai além: “quando eu fui gravar (a minissérie) Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, tive a oportunidade de conhecer o escritor chamado Antônio Alves, que é um dos pensadores desse conceito florestania”. O termo foi criado pelo acreano nos anos 1980. Se por cidadania se entende o sujeito que habita as cidades, florestania seria, por tabela, o conjunto de relações e direitos do habitante com a Floresta Amazônica.
O projeto Amazônia Para Sempre, aliás, teve início na época das filmagens da produção da TV Globo, em 2007, quando Christiane Torloni teve contato com a realidade da floresta de maneira mais intensa. E, ao lado do ator Victor Fasano, resolveu criar o manifesto, com o objetivo de sensibilizar a população brasileira sobre a situação alarmante da floresta. Foi criado, então, um abaixo-assinado, ao qual aderiram artistas como Gisele Bündchen, Malu Mader e Fábio Assunção, entre mais de um milhão de pessoas.
“Nunca a bancada ruralista se expôs de maneira tão clara como no ano passado, com a discussão da mudança do Código Florestal, o que é inconstitucional, atuando sobre uma brecha”, ela se revoltou. “Por que que a gente vota nesse lixo político? Eu não me casaria com nenhuma dessas pessoas, eu não convidaria elas para jantar na minha casa, eu não teria filhos com elas, então, porque eu vou votar nelas?”, disparou.
Fonte: FICA 2014, AdoroCinema, Revista Zelo e Equipe Marconi