Procurar super- heroínas do Brasil não é tarefa difícil. Como rotina um pouco menos radical, mas não menos trabalhosa, atrizes como Christiane Torloni, Cissa Guimarães, Maitê Proença, Mônica Torres e Beth Goulart estão na casa dos 50, ou a caminho. E falam das dores e delícias de chegar lá. “Estar bem nessa idade depende de como essa mulher construiu a vida dela. Não é uma maldição completar meio século. Têm pessoas que encaram como um grande drama, mas eu prefiro ver como amadurecimento”, observa Christiane Torloni, que acabou de completar 51 anos e está mais bonita que nunca. Até as rasteiras da vida contam a favor. “É claro que há perdas e ganhos nesse inventário.Perdi um filho ( Guilherme, em 1991, em acidente de carro), mas consegui superar essa tragédia e continuar sendo atriz, mulher, cidadã . Ganhei nos relacionamentos. Eu me casei quatro vezes, ganhei filhos, amigos maravilhosos”.

A atriz diz que não se permitiu parar de lutar. “Não se vive só de vitórias. Mergulhei no meu trabalho, tenho muito orgulho do currículo que construí. Foram tantas personagens que parece que eu vivi duas vidas. Além disso, há 24 anos, eu estava nas ruas pelo movimento das DIRETAS JÁ e agora estou mergulhada no movimento em defesa da 'FLORESTA AMAZÔNICA', orgulha-se ela. Favorita na disputa da ‘DANÇA DOS FAMOSOS’, do ‘Domingão do Faustão’, ela exibe no palco do programa sua forma exuberante. “Para cuidar do meu corpo, faço ioga e Kunye ( massagem tibetana). Os ensaios para a dança do programa Têm me exigido bastante, mas estou brincando de voltar aos anos 70. naquela época, havia boates como a HIPPOPOTAMUS. Você podia dançar à vontade e em paz.. Hoje, você pode sair da pista com um copo de vidro na cabeça” relembra ela, que desde os 40 anos se consulta com a geriatra romena Mariana Jacob. “ Com ela aprendi a beber muita água, em pequenos goles, o dia inteiro”, ensina.