Revista Ser Espírita entrevista Christiane Torloni

janeiro 11, 2010




São mais de 22 telenovelas, quase o mesmo número de participações em seriados e miniséries, 15 filmes, 12 peças de teatro, e pelo menos cinco prêmios. Esses são apenas alguns dos números que constam do currículo de Christiane Maria dos Santos Torloni.

Filha da atriz Monah Delacy e do ator Geraldo Matheus, Christiane Torloni estreou em televisão aos 19 anos. Hoje com 52, possui grande serenidade para falar de sua trajetória profissional e também de alguns momentos que abalaram sua vida.

Ela é mãe do também ator Leonardo Carvalho, fruto do casamento com Dênis Carvalho. Leonardo era gêmeo de Guilherme, que desencarnou em um acidente de carro em 1991.

A atriz, que já esteve engajada em diversos momentos da vida política do país, incluindo o movimento Diretas Já, fala à revista SER Espírita sobre sua simpatia pelo Espiritismo e das ligações entre essa religião e seu trabalho, sobretudo na telenovela A Viagem, em 1994.

SER Espírita: Você é espírita?
Christiane Torloni: Na verdade, sou aquilo que se chama de espiritualista.
Fui criada na fé cristã e, como consequência, tenho um grande respeito e admiração pelo Espiritismo.

SE: Qual ou como foi o seu primeiro contato com a doutrina?
CT: A Doutrina dos Espíritos veio a mim por meio de inúmeros livros que passei a receber a partir de 1991, ano em que vivi a trágica perda de um de meus filhos, Guilherme, na época com 12 anos. Muitas pessoas, conhecidas ou não, se aproximaram com livros, cartas pessoais e também psicografadas, no intuito de nos consolar, a mim e a minha família, que é católica.

SE: Em que ponto o Espiritismo se juntou ao seu trabalho?
CT:
Em 1994 fui convidada a fazer a novela A Viagem, de Ivani Ribeiro, e mais uma vez tive a oportunidade de me aproximar da doutrina por meio de livros clássicos como O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Livro dos Espíritos, ambos de Allan Kardec. Esse é um dos trabalhos dos quais eu mais me orgulho, pois com ele entendi que, além de podermos entreter e educar, também temos a possibilidade de consolar as pessoas através das histórias vividas por nossos personagens.

SE: Você frequenta algum centro espírita?
CT: Em 1997 conheci o médium Maury Rodrigues da Cruz, criatura que me impressionou muito por sua força, cultura e generosidade. Na sequência, fui a Curitiba e pude conhecer o trabalho magnífico da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE) e também visitar um centro de atendimento para órfãos e menores abandonados. Sempre que posso, visito o Centro Experimental de Estudos Espíritas Leocádio José Correia no Rio para ouvir palestras e receber orientações do espírito Leocádio José Correia.

Sinto que o trabalho da SBEE é muito importante, pois primeiro é feito todo um processo de conscientização e desmistificação do tema e da Doutrina Espírita. E segundo, porque em tempos em que conceitos como a ética, o bem, o desapego, a solidariedade e a cidadania estão tão abalados por uma sociedade cada vez mais hipócrita e voltada para valores profundamente discutíveis, é extremamente corajoso que em suas reuniões, palestras e edições, a missão da fraternidade e do bem seja ensinada com tanto amor.

Crédito da foto: Danilo Borges

FONTE : Revista Ser Espírita

=====> Matéria enviada por Dora Paes

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