Christiane Torloni e Victor Fasano em reunião da FIESP
julho 29, 2008
Marina Silva, Christiane Torloni, Victor Fasano e representantes da Fiesp discutem futuro da Amazônia
A convite do presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, a senadora Marina Silva (PT-AC) e os atores Victor Fasano e Christiane Torloni reuniram-se nesta segunda-feira (28), na sede das entidades, para uma “chuva de idéias” – como definiu a senadora – sobre o futuro da Amazônia.
Na reunião, que aconteceu na sede da federação, Christiane Torloni e Victor Fasano, idealizadores do movimento Amazônia para Sempre, dizendo-se ativistas da causa ambiental, demonstraram à ex-ministra seu engajamento e a vontade de realizar algo concreto pela floresta.
"Marina é nossa musa inspiradora do Amazônia para Sempre", disse Torloni. O movimento já conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas contrárias ao desmatamento da Amazônia e tenta, por meio de encontros e ações como o encontro com Marina, angariar mais adeptos à causa.
"Marina é nossa musa inspiradora do Amazônia para Sempre", disse Torloni. O movimento já conseguiu mais de 1 milhão de assinaturas contrárias ao desmatamento da Amazônia e tenta, por meio de encontros e ações como o encontro com Marina, angariar mais adeptos à causa.
Na entrevista coletiva que se seguiu à reunião, Marina Silva destacou o ineditismo de ver a classe política, representada por ela, sentar-se à mesa de discussões com os representantes do setor produtivo e da sociedade civil – simbolizados por Christiane e Fasano, idealizadores do movimento “Amazônia Para Sempre”,– compartilhando os mesmos ideais.
A senadora, que saiu do governo dizendo-se impedida de levar adiante suas políticas dentro do ministério, disse acreditar que o atual ministro, Carlos Minc, tem conseguido a substituir bem. "Trocamos seis por uma dúzia, antes era só eu, agora sou eu e o Minc", afirmou Marina.
De volta ao senado, Marina compara seu papel dentro e fora do ministério e avalia como positiva sua saída. "Fora do governo posso estar aqui conversando com outros agentes para que a gente saia da agenda de comando e controle e vá para a agenda mais importante e estratégica, que é o desenvolvimento sustentável."
Grupo de trabalho
O primeiro passo mais provável é a formação de um Grupo Temático que discuta a questão da Amazônia, a exemplo do que a Fiesp já realiza com outros temas da seara ambiental, como a destinação de resíduos sólidos e a utilização dos recursos hídricos.
“Mas não vamos reinventar a roda. Existem processos que precisam ser cumulativos para gerar resultados, por isso temos que olhar tudo o que já existe”, afirmou a senadora.
“Mas não vamos reinventar a roda. Existem processos que precisam ser cumulativos para gerar resultados, por isso temos que olhar tudo o que já existe”, afirmou a senadora.
Christiane Torloni manifestou preocupação com "a ameaça à soberania nacional". Para a atriz, quando a opinião pública internacional questiona a capacidade do Brasil em cuidar da floresta e levanta a hipótese da internacionalização, o que se coloca em dúvida é a própria autonomia do País. "E nós entregaríamos a Amazônia para quem? Com quais propósitos?", alertou.Christiane Torloni disse que o país vive um momento decisivo, que comparou à "tomada de consciência" que antecedeu o movimento Diretas-Já.
"Estamos agora, por uma questão absolutamente cósmica, a ponto de sermos líderes mundiais: produzindo alimentos, biocombustível e proteção ambiental. Ou não, podemos ser os maiores vilões do planeta: produzindo a madeira mais ilegal do mundo, a soja mais ilegal do mundo, a carne mais ilegal do mundo, e produzindo o maior deserto do mundo, cabe a nós escolhermos."
Segundo Sérgio Amaral, a Fiesp promoverá, em setembro, um grande encontro na própria Amazônia para debater obstáculos e possíveis soluções para a região. "Será um evento amplo, com todos os atores envolvidos", observou, lembrando que a atual gestão da Fiesp encara como "um dever" o envolvimento na questão amazônica.
"A floresta não pode ser vista como um problema, mas como um grande ativo para o País e para as empresas modernas", ponderou o embaixador, que, em 2002, quando estava à frente do Ministério da Ciência e Tecnologia, criou o Centro de Biotecnologia da Amazônia.
"Gerir os recursos da floresta e aproveitar racionalmente sua rica biodiversidade são estímulos ao desenvolvimento tecnológico e à formatação de uma política industrial focada em mecanismos limpos de produção, que contemple as necessidades das populações locais e os anseios de toda a sociedade", acrescentou.
"A floresta não pode ser vista como um problema, mas como um grande ativo para o País e para as empresas modernas", ponderou o embaixador, que, em 2002, quando estava à frente do Ministério da Ciência e Tecnologia, criou o Centro de Biotecnologia da Amazônia.
"Gerir os recursos da floresta e aproveitar racionalmente sua rica biodiversidade são estímulos ao desenvolvimento tecnológico e à formatação de uma política industrial focada em mecanismos limpos de produção, que contemple as necessidades das populações locais e os anseios de toda a sociedade", acrescentou.
Fonte : Portal Fiesp, Folha online, O GLobo online
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